terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Principais Temas de Geografia para o ENEM




Vale ressaltar que os temas são os mesmos apontados pelo edital, de forma que o presente trabalho trata-se apenas de uma reorganização didática


Cultura e Sociedade – temas referentes ao patrimônio, às práticas, às heranças e aos movimentos culturais nas sociedades. É importante tentar compreender como as práticas culturais comportam-se na era da Globalização.

Geografia do Brasil – formação territorial do Brasil, industrialização do Brasil, formas de regionalizar o país (regiões do IBGE e regiões Geoeconômicas), cidades e urbanização brasileira, fronteiras agrícolas, guerra fiscal no Brasil.

Demografia – conceitos demográficos, dinâmicas populacionais, teorias sobre o crescimento demográfico e a disponibilidade de recursos (teoria malthusiana, neomalthusiana e reformista), além de índices populacionais (IDH, renda per capita, expectativa de vida etc.).

Geopolítica – Globalização, Nova Ordem Mundial, conflitos pós-Guerra Fria, atentados terroristas no século XXI, blocos econômicos (destaques para a União Europeia e o Mercosul), organizações internacionais (ONU, Opep, Banco Mundial, FMI, etc.), países emergentes (destaque para os BRICS), regionalização do mundo.

Geoeconomia – Industrialização, Terceira Revolução Industrial, transformações nos modos de produção (Taylorismo, Fordismo, Toyotismo e Volvismo), transformações no mundo do trabalho, uso econômico dos recursos naturais, concentração e desconcentração industriais.

Geografia Urbana – Urbanização mundial, redes e hierarquias das cidades, metropolização e desmetropolização, problemas sociais urbanos (favelização, ocupações irregulares, mobilidade urbana, violência urbana etc.) e formação do espaço urbano-industrial.

Geografia Agrária – Agronegócio exportador no Brasil e no mundo, produção e transformação dos espaços agrários, êxodo rural, modernização dos equipamentos e das técnicas agrícolas (revolução verde), agricultura familiar, estrutura fundiária do campo, conflitos e movimentos sociais do campo, além da relação entre campo e cidade.

Meio Ambiente e recursos naturais: transformação do meio natural pelo homem, uso dos recursos minerais, fontes de energia, recursos hídricos e sua importância; bacias hidrográficas, ciclo da água, uso sustentável dos recursos naturais, problemas ambientais contemporâneos (aquecimento global, ilhas de calor, inversão térmica, chuva ácida, destruição da camada de ozônio etc.), efeito estufa, nova ordem ambiental internacional, políticas ambientais brasileiras e mundiais, unidades de conservação, preservação dos recursos naturais.

Geografia Física e fenômenos naturais: estrutura interna e camadas da Terra, formação e estruturação dos solos e do relevo, agentes endógenos e exógenos de transformação da superfície, erosão, intemperismo, sedimentação, tipos de rochas, ciclo das rochas, estruturas geológicas, diferenças e relações entre tempo e clima, fatores climáticos, fenômenos atmosféricos, tipos de clima no Brasil e no Mundo, biomas e domínios morfoclimáticos no Brasil e no Mundo.

Cartografia: os mapas e seus elementos (escala, legenda etc.), técnicas de leitura e interpretação dos mapas, tipos de mapas, projeções cartográficas, Sistemas de Informações Geográficas (SIGs), geoprocessamento e tecnologias cartográficas, coordenadas geográficas e fusos horários.
Por fim, salientamos que os candidatos, ao estudarem cada um desses temas acima apresentados, procurem os enxergar em um contexto mais amplo e não apenas em suas subdivisões. Assim, é interessante sempre relacionar os assuntos com as mais diversas formas de saberes, produzindo, assim, um conhecimento interdisciplinar.


Leia mais: http://vestibular.mundoeducacao.bol.uol.com.br/enem/temas-geografia-para-enem.htm#ixzz46fMQP0HT

Urbanizaçao Brasileira

URBANIZAÇÃO

O processo de urbanização no Brasil teve início no século XX, a partir do processo de industrialização, que funcionou como um dos principais fatores para o deslocamento da população da área rural em direção a área urbana. Esse deslocamento, também chamado de êxodo rural, provocou a mudança de um modelo agrário-exportador para um modelo urbano-industrial. Atualmente, mais de 80% da população brasileira vive em áreas urbanas, o que equivale aos níveis de urbanização dos países desenvolvidos.
Até 1950 o Brasil era um país de população, predominantemente, rural. As principais atividades econômicas estavam associadas à exportação de produtos agrícolas, dentre eles o café. A partir do início do processo industrial, em 1930, começou a se criar no país condições específicas para o aumento do êxodo rural. Além da industrialização, também esteve associado a esse deslocamento campo-cidade, dois outros fatores, como a concentração fundiária e a mecanização do campo.
Educação: Acompanhe todo o processo de industrialização no Brasil!

Em 1940, apenas 31% da população brasileira vivia em cidades. Foi a partir de 1950 que o processo de urbanização se intensificou, pois com a industrialização promovida por Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek houve a formação de um mercado interno integrado que atraiu milhares de pessoas para o Sudeste do país, região que possuía a maior infraestrutura e, consequentemente, a que concentrava o maior número de indústrias.
Gráfico com taxa de urbanização (Foto: IBGE)Gráfico com taxa de urbanização (Foto: IBGE)
A partir de 1970, mais da metade dos brasileiros já se encontrava em áreas urbanas, cuja oferta de emprego e de serviços, como saúde, educação e transporte, eram maiores. Em 60 anos, a população rural aumentou cerca de 12%, enquanto que a população urbana passou de 13 milhões de habitantes para 138 milhões, um aumento de mais de 1.000%.

DESIGUALDADES

As desigualdades econômicas e a dificuldade de determinadas regiões em se inserirem na economia nacional, possibilitou a ocorrência de uma urbanização diferenciada em cada uma das regiões brasileiras.

A região Sudeste, por concentrar a maior parte das indústrias do país, foi a que recebeu grandes fluxos migratórios vindos da área rural, principalmente da região nordeste. Ao analisarmos a tabela abaixo, observamos que o Sudeste é a região que apresenta as maiores taxas de urbanização dos últimos 70 anos. A partir de 1960, com 57%, foi a primeira região a registrar uma superioridade de habitantes vivendo na área urbana em relação à população rural. 
Na região Centro-Oeste, o processo de urbanização teve como principal fator a construção de Brasília, em 1960, que atraiu milhares de trabalhadores, a maior parte deles vindos das regiões Norte e Nordeste. Desde o final da década de 1960 e início da década de 1970, o Centro-Oeste tornou-se a segunda região mais urbanizada do país.
Taxa de Urbanização das Regiões Brasileiras (IBGE)
Região194019501960197019801991200020072010
Brasil31,2436,1644,6755,9267,5975,5981,2383,4884,36
Norte27,7531,4937,3845,1351,6559,0569,8376,4373,53
Nordeste23,4226,433,8941,8150,4660,6569,0471,7673,13
Sudeste39,4247,555772,6882,8188,0290,5292,0392,95
Sul27,7329,537,144,2762,4174,1280,9482,984,93
Centro Oeste21,5224,3834,2248,0467,7981,2886,7386,8188,8
A urbanização na região Sul foi lenta até a década de 1970, em razão de suas características econômicas de predomínio da propriedade familiar e da policultura, pois um número reduzido de trabalhadores rurais acabava migrando para as áreas urbanas.

A região Nordeste é a que apresenta hoje a menor taxa de urbanização no Brasil. Essa fraca urbanização está apoiada no fato de que dessa região partiram várias correntes migratórias para o restante do país e, além disso, o pequeno desenvolvimento econômico das cidades nordestinas não era capaz de atrair a sua própria população rural.

Até a década de 60 a Região Norte era a segunda mais urbanizada do país, porém a concentração da economia do país no Sudeste e o fluxo de migrantes dessa para outras regiões, fez com que o crescimento relativo da população urbana regional diminuísse.
Mapa com grau de urbanização. (Foto: IBGE)Mapa com grau de urbanização. (Foto: IBGE)

PROBLEMAS URBANOS

O rápido e desordenado processo de urbanização ocorrido no Brasil irá trazer uma série de consequências, e em sua maior parte negativas. A falta de planejamento urbano e de uma política econômica menos concentradora irá contribuir para a ocorrência dos seguintes problemas:

Favelização – Ocupações irregulares nas principais capitais brasileiras, como Rio de Janeiro e São Paulo, serão fruto do grande fluxo migratório em direção às áreas de maior oferta de emprego do país. A falta de uma política habitacional acabou contribuindo para o aumento acelerado das favelas no Brasil.

Violência Urbana – Mesmo com o crescimento industrial do país e com a grande oferta de emprego nas cidades do sudeste, não havia oportunidades de emprego o bastante para o grande fluxo populacional que havia se deslocado em um curto espaço de tempo. Por essa razão, o número de desempregados também era grande, o que passou a gerar um aumento dos roubos, furtos, e demais tipos de violência relacionadas às áreas urbanas.

Poluição – O grande número de indústrias, automóveis e de habitantes vai impactar o aumento das emissões de gases poluentes, assim como com a contaminação dos lençóis freáticos e rios dos principais centros urbanos.

Enchentes – A impermeabilização do solo pelo asfaltamento e edificações, associado ao desmatamento e ao lixo industrial e residencial, fazem com que o problemas das enchentes seja algo comum nas grandes cidades brasileiras.

Dicas Temas para o Vestibular UERJ

Dicas de Geografia para Vestibular UERJ




Vale ressaltar que os temas são os mesmos apontados pelo edital, de forma que o presente trabalho trata-se apenas de uma reorganização didática.

Geografia Urbana
As modificações na cidade do Rio de Janeiro e os debates sobre o acesso à cidade tem provocado uma ênfase da UERJ sobre o tema. Vale a pena estudar as reformas urbanas do Rio de Janeiro no início do século XX, as atuais transformações (Porto Maravilha, Gentrificação, nova mobilidade urbana com os VLT) e os demais processos de atuação do estado frente à formação do espaço urbano.



Cartografia
Praticamente todas as provas da UERJ possuem uma questão de cartografia. A importância geopolítica dos mapas e a visão de mundo, assim como suas projeções, são sempre uma possibilidade nas provas da UERJ. Ênfase em projeções, fusos horários e curvas de nível.


Geografia Política
Aspectos de atualidades têm sido constantes em questões de geografia política. Reformas e mudanças na China, mudanças no Leste Europeu, fim da guerra fria e mudanças territoriais recentes são sempre assuntos com chance de cair quando se trata de UERJ.

Geografia Econômica
Assuntos concernentes à globalização são uma constante nas questões da UERJ. Falar sobre o processo de conteinerização das mercadorias, medidas econômicas e fluxos de informação são típicas cobranças do conteúdo. Embora menos cobrados nos últimos anos, modelos produtivos e as fases da industrialização – inclusive no Brasil – são temas quentes.

Fontes de Energia
As atuais preocupações com o modelo energético, insustentável e esgotando os recursos naturais, tem levado à questões sobre novos processos energéticos e recursos hídricos de uma maneira geral. Atentar à atualidades sobre acidentes ambientais e políticas energéticas

Transporte e Modais

Vestibulandos Façam TÓPICOS do CONTEÚDO para melhor COMPREENSÃO!!

#Transporte #Enem 

TRANSPORTE

A Geografia consegue trabalhar com temáticas variadas, dentre elas, os modais de transportes responsáveis pela logística entre os diferentes espaços, organizando redes e fluxos de mercadorias, pessoas e informações entre os diferentes territórios. Com as informações fornecidas, podemos inserir o sistema de transportes como temática ligada às atuações da economia. No entanto, a organização dos transportes implica circunstâncias além dos valores econômicos, interfere na organização do espaço urbano e, consequentemente, na sua mobilidade contribuindo para modelar o quadro espaço- temporal. 
Trânsito é comum nos centros urbanos do país (Foto: Marcelo Camargo/ABr)Trânsito é comum nos centros urbanos do país (Foto: Marcelo Camargo/ABr)
Modais de transportePara que os fluxos ganhem mobilidade, é possível distinguir, em função da adequação da malha viária aos produtos transportados, os seguintes meios de transportes: Rodoviário, Ferroviário, Aeroviário e Aquaviário.
No Brasil, o Transporte rodoviário teve impulso a partir da década de 1920 do século XX por iniciativas de governantes brasileiros com objetivo de articular as regiões brasileiras. A predominância desse modal em território nacional deve-se ao modelo implantado na década de 50 por Juscelino Kubistchek, consagrado pela frase “governar é abrir estradas”, promovendo a adoção do Modelo Rodoviarista, ou seja, construção, ampliação e melhoramento de rodovias. Dentro do Planos de Metas, que visava avançar “50 anos em 5”, JK faz uso desse modelo como manobra político-econômica para incentivar/viabilizar a instalação de indústrias automobilísticas no Brasil. 
Durante os governos militares, a política rodoviarista foi mantida sob o propósito de “Integrar (o território) para não entregar (os recursos)”. O modelo rodoviário no Brasil adotou em muitos casos as privatizações, que podemos entender como concessões dadas a empresas privadas, que pagam tributações ao governo para explorar por período determinado trechos rodoviários. As privatizações encarecem os custos dos fretes e, por conseguinte, aumentam o custo final dos produtos, ainda mais pondo em análise a dimensão continental brasileira.
O Transporte Ferroviário brasileiro totaliza aproximadamente 30.000 quilômetros de extensão, malha considerada de pequena extensão ao comparar com sua dimensão territorial. Existem, no Brasil, duas grandes empresas ferroviárias: a RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A), aberta a concessão na década de 1990, e a FEPASA (Ferrovias Paulistas S.A). As ferrovias brasileiras, em contexto com a década perdida de 1980, entram em estado de sucateamento e esterilização da ampliação da malha ferroviária nacional por motivos de austeridade fiscal. No entanto, visto a necessidade de sanar os gargalos logísticos, em 2011, validando a Lei 12.379 que dispõe do Sistema Nacional de Viação (SNV), busca-se trabalhar com o Programa de Aceleração Ferroviário (PAC Ferroviário). O Programa objetiva a expansão e o melhoramento da malha existente, além de buscar viabilizar trens de alta velocidade.Tais obras serão conexões dos principais centros urbanos do País proporcionando benefícios na mobilidade, na segurança, no tempo e no conforto dos usuários.
O Transporte Aeroviário é bem recente, com desenvolvimento após a Segunda Guerra Mundial, estabelecendo uma nova referência de velocidade de deslocamento. Este modal é responsável pelo deslocamento de produtos de alto valor agregado e de baixo peso unitário, com intuito de entregas urgentes, como equipamentos médicos, transplante de órgãos, equipamentos científicos, entre outros. Para a aviação comercial de passageiros é economicamente mais rentável. O Brasil recentemente passa por crises aéreas devido à defasagem infraestrutural de seus aeroportos e carência de mão de obra qualificada para as operações de controle de tráfego aéreo.
A modalidade aquática de transporte é a mais econômica, particularmente para grandes cargas e longas distâncias. Com a ampliação do processo de Globalização, torna-se cada vez mais necessária uma política de incentivos ao transporte marítimo, já que ele é o grande responsável pelo comércio internacional. O Brasil é privilegiado em termos de recursos hídricos em geral e de vias navegáveis, de modo que os trechos hidroviários mais importantes economicamente localizam-se no Sudeste e Sul do Brasil. Para o pleno aproveitamento de outras hidrovias, é preciso construir eclusas, fazer obras de dragagem e principalmente construir portos que possibilitem a integração intermodal (conceitos de unidade de cargas e conexão de infraestruturas). Os corredores de exportação, na face de postos específicos, correspondem ao ponto culminante de estruturação intermodal, onde as malhas rodoviárias e ferroviárias interconectam a pontos de transporte e armazenamento para escoamento de produtos de alta concentração e de grandes volumes, priorizando agilidade no escoamento para exportação ou consumo interno.

MOBILIDADE URBANA

A mobilidade urbana se apresenta como um desafio não só nos centros urbanos do Brasil, mas também nas grandes metrópoles do mundo. O deslocamento de pessoas, em busca de bens e serviços de qualidade, oportunidades de qualificação e empregos, acarreta, nas regiões metropolitanas e grandes capitais, localidades de concentração populacional.
O notório inchaço urbano obriga com urgência a harmonia e agilidade o deslocamento de bens e pessoas com eficiência, conforto e segurança além de mitigar os impactos ambientais, visuais e de poluição sonora e atmosférica, ressaltando também modelos de minimização da exclusão social.
É neste bojo que o planejamento em transportes em longo prazo é imprescindível, fato este que, explicado pela adoção do modelo rodoviarista, as metrópoles brasileiras sofrem com os congestionamentos e elevado custo no preço das tarifas, ao ponto de ofertas de serviços precários, ineficientes e defasados que acarretam significativa diminuição da qualidade de vida. Dentre as estratégias de melhoria e aperfeiçoamento da mobilidade em empreendedorismo intermodal, as iniciativas públicas e privadas devem priorizar o gerenciamento de transportes de massas, acima de tudo, transporte sobre trilhos, desenvolvendo logística de integração local, regional, nacional e internacional.

Fonte:QI

Fator Previdenciário Brasileiro(Atualidade)


Aposentadoria: No Brasil, previdência é um desafio para o futuro

Como você imagina a sua renda no futuro? De 2009 para cá, o envelhecimento da população é uma tendência em muitos países e seu reflexo pode ser observado no consumo, mercado de trabalho, organização familiar e nos gastos do governo com saúde e previdência social.
Cada país pode ter o seu modelo próprio de previdência. No geral, o objetivo é o mesmo: garantir recursos financeiros à população mais velha ou que precisa de assistência e proteção quando esta se afasta do mercado de trabalho por diferentes motivos -- doença, invalidez ou idade avançada.
No Brasil a Previdência Social é um direito social assegurado na Constituição ao trabalhador registrado (há a opção privada, para qualquer indivíduo, em qualquer idade). A principal fonte de recursos para pagar as despesas da aposentadoria pública é a cobrança de um tributo em folha de pagamento.
Para manter o sistema em equilíbrio, o país precisa ter um número maior de pessoas no mercado de trabalho em relação ao número de beneficiados na previdência. Outra forma de equilibrar o sistema é alocar recursos para a previdência oriundos de outras fontes de arrecadação do governo.
Chama-se de deficit previdenciário o resultado negativo do cálculo a partir da diferença entre a arrecadação dessas contribuições e as despesas com os benefícios. Nos últimos anos, o Brasil acumula sucessivos deficits devido a um possível conjunto de fatores: a deterioração dos postos de trabalho, o emprego informal (sem carteira assinada), a má gestão dos recursos e o envelhecimento da população.
Em relação ao fator demografia, quanto maior é a expectativa de vida de uma população, maior é o gasto do governo com a aposentadoria dos trabalhadores. Uma pesquisa da ONU sobre Envelhecimento no Século 21 apontou que, entre os idosos, a segurança financeira representa a maior preocupação.
Nas últimas décadas, o Brasil viu sua população idosa aumentar em um ritmo mais rápido do que o previsto (devido à queda da fecundidade e ao aumento da expectativa de vida do brasileiro, que subiu para 74, 9 anos, segundo dados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Assegurar o bem-estar da população mais velha e equilibrar as contas da seguridade social é hoje um desafio para o futuro do país.
Atualmente o governo brasileiro alega que o sistema previdenciário não seria sustentável ao longo dos próximos anos. Para conter as despesas, o governo propôs endurecer as regras de acesso aos benefícios da previdência.
Em junho de 2015, o Congresso aprovou o mecanismo 85/95, que prevê mudanças no cálculo da aposentadoria. Com a nova regra, a soma da idade + o tempo de contribuição deve ser de 85 anos para mulheres e 95 anos para homens. A partir de 2017, o mecanismo será gradativamente acrescido em 1 ponto até 2022. Assim, em 2017 as idades passam para 86/96, em 2019 para 87/97, em 2020 para 88/98, até chegar em 90/100 em 2022.
A mudança gradativa foi uma decisão da presidente Dilma frente à proposta inicial aprovada no Congresso. O argumento foi que com o aumento da expectativa de vida, os gastos com aposentadoria dos idosos seriam acrescidos, elevando as despesas públicas e provocando um deficit previdenciário.
Hoje, a previdência consome 22,7% da despesa total do governo brasileiro. Uma pesquisa internacional apontou que os gastos previdenciários equivalem a 11% do PIB no Brasil e a 6% do PIB nos EUA, sendo que a proporção da população norte-americana acima dos 60 anos (16% da população total) é o dobro da brasileira (8% da população total).
Para especialistas, a valorização do salário mínimo -- que corrige os benefícios --, a aposentadoria precoce e o excesso de pensões são fatores que ajudam a elevar os gastos do governo com a previdência.
Por isso, equilibrar as contas públicas é um dos pontos centrais da mudança já que o Brasil viverá uma transição demográfica a partir de 2030, quando a previsão do IBGE indica que a população brasileira vai atingir seu pico e terá o maior número de pessoas trabalhando. A população jovem, entre 15 e 29 anos, deve cair muito a partir desta data.
Essa mudança de perfil na população torna urgente a discussão sobre o modelo de aposentadoria, já que os idosos de amanhã estão no mercado de trabalho hoje, e o governo precisa preparar seu orçamento para não ter o mesmo problema que países europeus, por exemplo.
A crise econômica da Europa não foi motivada por questões previdenciárias, mas esse item na despesa teve um peso considerável num cenário de alto endividamento público. Com um perfil de população mais velha -- visto como avanço e sinônimo de qualidade de vida -- os gastos sociais tornaram-se insustentáveis com a estagnação das economias desde 2009.
Um exemplo é a Grécia, ao lado da Itália, o país que mais gasta com previdência. Lá a renda em metade dos lares vem da aposentadoria e 45% dos aposentados vivem sob a linha da pobreza. Em meio à crise, a redução no valor pago às pensões, como exigem alguns, poderia reduzir os gastos, mas levaria a um aumento da população pobre e traria outros problemas ao país.
Toda essa discussão passa por garantir um bom envelhecimento e estabilidade aos mais velhos. Embora para uns a imagem de uma população mais idosa caracterize um país como frágil e incapaz, mudanças de comportamentos e novas tecnologias sugerem que não é bem assim.
Muitas pessoas preferem trabalhar mais que o tempo previsto, por exemplo, mesmo numa idade avançada. Muitos iniciam uma nova atividade para não ficarem parados. E será que gerações futuras vão desejar trabalhar mais tempo? Se sim, isso aumentaria o tempo de arrecadação do governo e a produtividade do país.
Ao longo da história, as mudanças demográficas criaram desafios importantes para as sociedades. Muitos países fizeram reformas, se adaptaram a novos cenários. Até 2030 o Brasil tem um curto tempo para definir como vai tratar a sua melhor idade.

BIBLIOGRAFIA

Artigo Previdência do trabalhador: uma trajetória inesperada, de Mariana Batich. 2004. Disponível online
O direito à velhice: Os aposentados e a previdência social, de Eneida Gonçalves de M. Haddad (Cortez; 2000)
Fonte: Uol Educaçao

Cartografia(Enem)

Cartografia 

Latitude e Longitude

O sistema de Coordenadas Geográficas é uma forma de representação cartográfica utilizada para representar e localizar qualquer ponto da superfície terrestre. Esse sistema é composto por algumas linhas imaginárias, chamadas de Latitudes e Longitudes.
Latitude: Distância em graus de qualquer ponto da Terra em relação à linha do equador. É também chamada de paralelo por se tratar de linhas imaginárias traçadas paralelamente ao equador. Os principais paralelos são: o círculo polar ártico, o círculo polar antártico, o trópico de câncer e o trópico de capricórnio.
As latitudes variam em 180º, sendo contadas a partir da Linha do Equador, que é a latitude 0º, responsável por dividir o planeta nos hemisférios Norte (Boreal ou Setentrional) e Sul (Austral ou Meridional).
Longitude: Distância em graus de qualquer ponto da Terra em relação ao Meridiano de Greenwich. As longitudes também são chamadas de meridianos.
As longitudes variam entre 0º e 360º, sendo contadas a partir do Meridiano de Greenwich, que é responsável por dividir o planeta nos hemisférios Leste (Oriental) e Oeste (Ocidental).


Cartografia é a ciência de produzir mapas (representação visual de aspectos naturais, políticos, populacionais e outros de uma região) a partir de dados e técnicas matemáticas.

Com a realização de constantes guerras e com o crescimento do comércio, das cidades e dos países, os mapas deixaram de ser usados apenas para facilitar e indicar deslocamentos. Passaram a ter também a função de transmitir conhecimentos para favorecer a dominação e o controle de territórios. Isso levou a cartografia a grandes avanços técnicos, tornando os mapas cada vez mais fiéis à realidade.

Em cartografia, diferenciam-se os mapas de outras representações, como a carta. Enquanto os mapas oferecem representações mais genéricas e menos detalhadas do espaço (como planisférios), a carta representa espaços mais restritos com mais detalhes (como os guias de rua).

ELEMENTOS DO MAPA
Para entender um mapa é preciso notar alguns elementos básicos:

Título: indica o assunto de que trata um mapa. Sem essa informação pode haver uma analise errônea das informações ali presentes.

Escala: é a proporção entre o espaço real e o mapa. A escala numérica indica uma relação numérica entre o real e o representado. A escala 1:100.000, por exemplo, indica que um centímetro no mapa equivale a 100.000 centímetros no espaço real. A escala gráfica mostra uma reta dividida em partes iguais.

Se cada parte for equivalente a dez quilômetros, cada espaço do mapa igual ao comprimento da divisão equivalerá a dez quilômetros reais. Portanto, escalas grandes (como 1:100) representam pouco espaço com muito detalhe e escalas pequenas (1:250.000) representam muito espaço com poucos detalhes.

Legenda: traduz símbolos usados no mapa (como os de cidades, metrópoles e capitais) e a gradação de cores para altitudes e profundidades.



COM O QUE FICAR ATENTO?
Projeções cartográficas são técnicas específicas de mapeamento. A mais comum é a “projeção cilíndrica conforme de Mercator”, que conserva a forma dos continentes e, por isso, chama-se “conforme”. Essa técnica apresenta distorção das áreas dos continentes, fazendo-os maiores quanto mais afastados da linha do Equador.

Outra técnica conhecida é a “projeção cilíndrica equivalente de Peters”, que mantém as áreas dos continentes, mas deforma seus contornos, tornando-os mais alongados na medida em que se afastam do Equador.

Cartografia é matéria comum nos vestibulares. Questões que cobram compreensão e interpretação de mapas e cartas são frequentes. Mas o conhecimento da história da cartografia também merece destaque, relacionando-se, principalmente, ao uso ideológico dos planisférios.

Na visão eurocêntrica do planisfério de Mercator (os mapas mais tradicionais), vemos o hemisfério norte colocado para “cima” e maior que o real – dando impressão de domínio do hemisfério norte sobre o hemisfério sul. Na visão terceiro-mundista do planisfério de Peters, vemos o mapa de “ponta cabeça” e as áreas dos continentes são mantidas – mostrando que o hemisfério sul é maior que o hemisfério norte.


Essas abordagens exemplificam como os mapas não são uma representação fiel e imparcial da realidade, mas podem ser usados para transmitir modos de ver o mundo.
Além disso, vemos nos vestibulares questões sobre a crescente utilização da cartografia no dia-a-dia da população, com a popularização dos GPS´s e a larga utilização de serviços online relacionados a mapas.
Fontes: Guia do Estudante e Geografia Nerd

Questões Ambientais

Indico aos vestibulandos que criem TÓPICOS para seus estudos!!

#QuestoesAmbientais #ENEM

QUESTÕES Ambientais

POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

Chuva ácida
A chuva já é naturalmente ácida, entretanto a queima de combustíveis fósseis liberam gases no ambiente como o óxido de nitrogênio e os dióxidos de enxofre. Esses reagem com o hidrogênio na forma de vapor, formando o ácido nítrico ou sulfúrico, respectivamente. Os efeitos da chuva ácida podem ser extremamente nocivos, como aumento da acidez de um lago, acidificação do solo, diminuição da cobertura vegetal bem como efeito sobre as construções, como estátuas que são feitas, por exemplo, com carbonato de cálcio e que com a chuva ácida, reagem, originando grandes corrosões.
Ilha de calor
É o fenômeno no qual os grandes centros urbanos apresentam temperatura mais alta que as periféricas. Não apenas a poluição atmosférica, mas outros fatores geram a ilha de calor, como a retirada da vegetação, aumento da área asfaltada, construção de grandes edifícios, aumento do número de veículos, dentre outros. A cobertura vegetal absorve a radiação solar, dissipando o calor sob a forma de evapotranspiração. Os poluentes, a falta de vegetação, os grandes edifícios impendem esse processo, o que provoca o aumento da temperatura. Esse efeito nas regiões tropicais ocorre durante o dia aumentando a sensação de calor, enquanto nas regiões de clima frio ocorre à noite, o que reduz a utilização dos aquecedores.
Ilha urbana de calor (Foto: Sou Mais Enem)Ilha urbana de calor (Foto: Reprodução)
Efeito estufa
Assim como a chuva ácida, o efeito estufa é um fenômeno natural que ocorre quando os raios solares incidem na Terra, sendo uma parte absorvida (cerca de 65%) e outra refletida sob a forma de radiação infravermelha (cerca de 35%). Os raios absorvidos ficam retidos na superfície do planeta porque os gases de efeito estufa causam uma camada que retém o calor do Sol na atmosfera, formando uma manta térmica, impedindo que o mesmo retorne para o espaço.
Entretanto, com o aumento da poluição atmosférica, os gases de efeito estufa (GEEs), como dióxido de carbono, óxido nitroso, metano e os cloro-flúor-carbonetos (CFCs), geram uma camada ainda maior na superfície, provocando uma maior retenção dos raios solares, ocasionado um superaquecimento do planeta Terra. 
Isso traz consequências desastrosas como derretimento das calotas polares, mudanças climáticas, elevação dos níveis dos oceanos, maior incidência dos fenômenos como furacão, ciclones, secas, dentre outros. O Brasil encontra-se no 4º lugar dos países que contribuem para o efeito estufa, o aumento desses gases ocorre, principalmente por causa de desmatamentos, como na região Amazônica. Os Estados Unidos é o país que mais contribui.

Com intuito de diminuir as emissões dos GEEs, em 1997 a ONU reuniu vários países para assinarem o Protocolo de Kyoto, que é um tratado que prevê a redução dos GEEs. Entre 2008 e 2012 os países devem diminuir 5,2% a emissão de GEEs em relação a 1990. Entretanto, o país que mais emite GEEs, os EUA, não assinaram esse protocolo alegando que isso poderia dificultar o seu avanço industrial.
Efeito estufa (Foto: Reprodução)Efeito estufa (Foto: Reprodução)
Destruição da camada de ozônio
Buraco na camada de ozônio (área roxa) (Foto: NASA)Buraco na camada de ozônio (área roxa) (Foto: NASA)
A estratosfera é constituída por uma camada de ozônio (O3) que protege o Planeta Terra dos raios ultravioletas (UV) oriundos da radiação solar. Entretanto, o aumento de gases poluentes na atmosfera, principalmente os CFCs que estão presentes nos aerossóis, ar-condicionado, gás de geladeira, espumas plásticas e solventes, acumulam-se nas camadas superiores onde podem ser decompostos pela radiação UV. Assim, liberam bromo e cloro, que reagem com o ozônio, decompondo-o em oxigênio (O2). Com isso, o principal constituinte dessa camada, o ozônio, está aos poucos sendo eliminado e um buraco está se formando. Dessa forma, os raios UV não são mais retidos e incidem sob a atmosfera causando sérios danos aos seres vivos. Essa radiação bronzeia, mas ao mesmo tempo seca, envelhece a pele, pode danificar o DNA e inclusive causar câncer.
A parte da camada de ozônio que fica em cima do Brasil ainda não perdeu nem 5% do tamanho original, entretanto em outros países como EUA, China e Japão, 6% da proteção já foi perdida. Desde 2010, os CFCs estão proibidos de serem utilizados.
Queimadas e incêndios 

Outro problema sério, que provoca a destruição do verde, são as queimadas e incêndios florestais. Muitos deles ocorrem por motivos econômicos. Proibidos de queimar matas protegidas por lei, muitos fazendeiros provocam estes incêndios para ampliar as áreas para a criação de gado ou para o cultivo. Também ocorrem incêndios por pura irresponsabilidade de motoristas. Bombeiros afirmam que muitos incêndios tem como causa inicial as pontas de cigarros jogadas nas beiradas das rodovias.

Desmatamento

Meio ambiente, ecologia, derrubada de matas e florestas, desmatamento da Amazônia e Mata Atlântica, crime ecológico, desflorestamento da floresta amazônica, extinção de animais.